Alimentação complementar

A introdução de alimentos deve ocorrer após os seis meses de vida da criança, período no qual houve o aleitamento materno. Deve complementar as qualidades nutricionais do leite materno e suprir as necessidades das crianças, sendo que nesta fase a alimentação aproxima-se dos hábitos alimentares que estão sendo desenvolvidos nesta fase e que tendem a perdurar por toda a vida. Estudos relacionados à alimentação complementar possuem grande importância, uma vez que os cuidados nesta fase podem evitar doenças crônoicas futuras e colaborar para os bons hábitos alimentares. Pesquisa recente investigou a prevalência do consumo de alimentos complementares e os fatores associados à alimentação complementar oportuna em crianças menores de um ano. De acordo com os resultados, observou-se introdução precoce de alimentos complementares, sendo que no quarto mês, cerca de um terço das crianças avaliadas já recebiam suco de fruta e um quarto recebia mingau, fruta ou sopa. Ainda de acordo com os resultados, os fatores associados ao consumo precoce de alimentos estavam relacionados ao sistema de assistência à saúde, idade materna, trabalho materno e uso de chupeta. Outro estudo avaliou o estado nutricional e as práticas alimentares de crianças no segundo semestre de vida, atendidas na rede pública de saúde em São Paulo. De acordo com os resultados, houve prevalência de 30,5% de anemia e inadequação no consumo de ferro e vitamina C nas populações estudadas, sendo considerado inadequado o esquema de introdução da alimentação complementar em relação as recomendações atuais, além da necessidade de revisão da utilização dos suplementos nutricionais. Os dados dos estudos evidenciam a necessidades de medidas de intervenção nas orientações em relação a alimentação complementar, garantindo assim o consumo alimentar adequado desde o início da vida, evitando deste modo o surgimento de doenças crônicas na vida adulta e colaborando para qualidade de vida e longevidade.