O Qsymia é a segunda droga para emagrecer liberada
por americanos. Testes afirmam que o remédio é ainda mais eficiente que o
primeiro, chamado Belviq
Pílula do
Qsymia, fabricado pelo laboratório Vivus (Foto: Divulgação)
O FDA, órgão americano de controle de alimentos e
medicamentos (sigla em inglês para Food and Drug Administration), anunciou nesta
terça-feira (17) a aprovação de um segundo
medicamento contra a obesidade, o Qsymia, produzido pelo laboratório Vivus. A
droga é uma combinação de dois fármacos existentes no mercado: a fentermina,
que inibe o apetite, e o topiramato, usado como anticonvulsivo, mas que aumenta
a sensação de saciedade.
O Qsymia, antes conhecido como Qnexa, foi o
medicamento que proporcionou a maior perda de peso entre três remédios para
emagrecer testados pela FDA nos últimos anos. Foi a segunda nova droga para
obesidade aprovada pelo órgão, após o Belviq, da Arena Pharmaceuticals, liberada
no mês passado. Antes disso, nenhum medicamento para emagrecer havia sido
aprovado em 13 anos.
Tanto o Qsymia como o Belviq foram negados pelo FDA
em 2010, mas os fabricantes voltaram neste ano com novas composições. A
terceira droga testada, o Contrave, da Orexigen Therapeutics, também foi
rejeitada e agora está sendo testada clinicamente com algumas alterações.
Nas fases finais dos experimentos clínicos,
pacientes que tomavam a dose intermediária de Qsymia perderam uma média de 8,4%
do seu peso após um ano. Já aqueles que ingeriam a dose elevada perderam 10,6%
do peso, em média. Em comparação, pacientes que consumiram o Belviq emagreceram
uma média de 5,8% de sua massa corporal em um ano.
O FDA, porém, sugeriu várias medidas de segurança
aos consumidores, a fim de reduzir alguns riscos. Os pacientes devem começar
com uma dose intermediária do remédio e só devem considerar a dose elevada se
não conseguirem perder 3% do peso após 12 semanas. Caso os pacientes, já com a
dose mais alta, não percam 5% do peso em 12 semanas, devem interromper o uso do
medicamento.
O órgão também alertou que os batimentos cardíacos
de pessoas que tomam a droga devem ser regularmente monitorados. Além disso,
mulheres em idade fértil devem fazer teste de gravidez antes de iniciar o tratamento
com o Qsymia e repeti-lo mensalmente enquanto usam o remédio. Caso ele seja
utilizado por mulheres grávidas, pode causar defeitos sérios nos fetos.
O laboratório fabricante disse que o Qsymia deve
estar disponível no quarto trimestre deste ano. O presidente da empresa Peter
Tam se recusou a revelar o preço, embora tenha sugerido que seria semelhante ao
valor de medicamentos para diabetes. Nos Estados Unidos, drogas para diabetes
custam cerca de US$ 6 cada pílula.
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