sexta-feira, 20 de julho de 2012

EUA aprovam novo medicamento contra a obesidade


O Qsymia é a segunda droga para emagrecer liberada por americanos. Testes afirmam que o remédio é ainda mais eficiente que o primeiro, chamado Belviq
 Pílula do Qsymia, fabricado pelo laboratório Vivus (Foto: Divulgação)

O FDA, órgão americano de controle de alimentos e medicamentos (sigla em inglês para Food and Drug Administration), anunciou nesta terça-feira (17) a aprovação de um segundo medicamento contra a obesidade, o Qsymia, produzido pelo laboratório Vivus. A droga é uma combinação de dois fármacos existentes no mercado: a fentermina, que inibe o apetite, e o topiramato, usado como anticonvulsivo, mas que aumenta a sensação de saciedade.
O Qsymia, antes conhecido como Qnexa, foi o medicamento que proporcionou a maior perda de peso entre três remédios para emagrecer testados pela FDA nos últimos anos. Foi a segunda nova droga para obesidade aprovada pelo órgão, após o Belviq, da Arena Pharmaceuticals, liberada no mês passado. Antes disso, nenhum medicamento para emagrecer havia sido aprovado em 13 anos.
Tanto o Qsymia como o Belviq foram negados pelo FDA em 2010, mas os fabricantes voltaram neste ano com novas composições. A terceira droga testada, o Contrave, da Orexigen Therapeutics, também foi rejeitada e agora está sendo testada clinicamente com algumas alterações.
Nas fases finais dos experimentos clínicos, pacientes que tomavam a dose intermediária de Qsymia perderam uma média de 8,4% do seu peso após um ano. Já aqueles que ingeriam a dose elevada perderam 10,6% do peso, em média. Em comparação, pacientes que consumiram o Belviq emagreceram uma média de 5,8% de sua massa corporal em um ano.
O FDA, porém, sugeriu várias medidas de segurança aos consumidores, a fim de reduzir alguns riscos. Os pacientes devem começar com uma dose intermediária do remédio e só devem considerar a dose elevada se não conseguirem perder 3% do peso após 12 semanas. Caso os pacientes, já com a dose mais alta, não percam 5% do peso em 12 semanas, devem interromper o uso do medicamento.
O órgão também alertou que os batimentos cardíacos de pessoas que tomam a droga devem ser regularmente monitorados. Além disso, mulheres em idade fértil devem fazer teste de gravidez antes de iniciar o tratamento com o Qsymia e repeti-lo mensalmente enquanto usam o remédio. Caso ele seja utilizado por mulheres grávidas, pode causar defeitos sérios nos fetos.
O laboratório fabricante disse que o Qsymia deve estar disponível no quarto trimestre deste ano. O presidente da empresa Peter Tam se recusou a revelar o preço, embora tenha sugerido que seria semelhante ao valor de medicamentos para diabetes. Nos Estados Unidos, drogas para diabetes custam cerca de US$ 6 cada pílula.

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