Poucas semanas atrás, a mídia divulgou um estudo
que apontava a vitamina E 400 IU como responsável por um aumento de 17%
no risco de desenvolver câncer de próstata.
O que a mídia deixou de dizer é que a vitamina E analisada era
sintética, um derivado petroquímico da vitamina E que tem efeito tóxico
conhecido.
Por isso, é essencial ficar
atento às formas de vitamina E, que vão desde a genérica até os mais de
sete tipos de vitamina E extraídos de plantas geneticamente modificadas,
como a soja. Nutrientes naturais e nutrientes sintéticos não têm o
mesmo efeito biológico e isso também vale para a vitamina E.
Nesse estudo comentado, a vitamina E
usada foi a all-rac-alpha-tocopheryl acetate, um derivado petroquímico
sintético da vitamina dl-alpha tocopherol, conhecida por seus efeitos
tóxicos.
Infelizmente, muitos estudos
usam a vitamina sintética em suas análises. Por um lado, assim é
possível mostrar claramente seus efeitos adversos, mas, por outro, essas
informações nem sempre ficam claras para os leitores. Neste caso, o
estudo não diz absolutamente nada sobre os efeitos da vitamina E natural
para a saúde.
Outro fator de risco é o uso de
suplementos de vitamina E e alimentos fortificados com essa vitamina
originária de plantas geneticamente modificadas.
O nome químico da vitamina E é tocopherol, um
nome genérico para todos os sete diferentes tipos dessa vitamina formada
naturalmente em várias plantas. Ela pode ser obtida tanto pelo processo
de síntese química quanto pela extração de milho, soja, semente de algodão, arroz e germe de trigo.
Outro recente estudo
correlaciona a vitamina E com aumento de mortalidade em mulheres idosas.
A pesquisa foi baseada na autoanálise do uso de suplementos por mais de
22 anos, mas falhou em manter um controle científico rígido.
Suplementos vitamínicos
Vitaminas e minerais são
essenciais para a vida, mas nunca na história o homem precisou de
químicos sintéticos e é aí que reside o problema. A maioria dos estudos
avalia os efeitos de vitaminas em versões sintéticas que é similar a um
remédio e não a um alimento. Tais pesquisas podem ser manipulados de
diversas maneiras para apresentar os resultados de interesse. Os citados
neste artigo claramente entram nesta categoria.
Claro que é possível que o uso
de suplementos sem uma correta avaliação e orientação pode acentuar
desvios nutricionais ao invés de promover a sua correção. Por isso, é
fundamental fazer uso dos mais naturais e em dosagens preconizadas por
profissionais da área médica.
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