Frutas com
caroço como pêssego, ameixa e nectarina contêm compostos bioativos capazes de
combater a chamada "síndrome metabólica", doença que altera as taxas
de glicose, triglicérides, colesterol, pressão e peso, conclui um estudo feito
na Universidade Texas A&M, nos EUA.
Os resultados serão apresentados à
Sociedade Americana de Química em agosto, na Filadélfia. Segundo o cientista de
alimentos Luis Cisneros-Zevallos, do centro de pesquisas AgriLife da
universidade, essas frutas apresentam compostos fenólicos, antioxidantes que
agem contra inflamações, diabetes tipo 2 – relacionada à obesidade – e doenças
cardiovasculares.
As principais substâncias
encontradas são antocianinas, ácido clorogênico, derivados de quercetina e
catequinas. Elas atuam em células dos tecidos conjuntivo, vascular e gorduroso,
controlando diferentes expressões de genes e proteínas.
Cisneros-Zevallos acredita que essa é a primeira
vez que compostos bioativos de frutos mostram potencial para trabalhar em
diferentes frentes contra uma doença.
O pesquisador
ressalta que, de acordo com as estatísticas, 30% da população americana está
obesa ou com sobrepeso, e os casos aumentam a cada ano em números alarmantes.
Apesar de os hábitos de vida e a
predisposição genética terem uma grande responsabilidade sobre a obesidade, a
síndrome metabólica também pode causar o excesso de peso.
A equipe pretende continuar a estudar
o papel de cada tipo de composto sobre os mecanismos moleculares e confirmar o
trabalho em ratos.
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