segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Dono de restaurante deixa delegacia no Rio escoltado por policiais

Ele chegou à 5ª DP por volta de 15h15.
Explosão no Filé Carioca deixou três mortos e 17 feridos.

O dono do restaurante Filé Carioca, Carlos Rogério do Amaral, deixou a delegacia onde prestou depoimento, por volta de 19h desta segunda-feira (17), escoltado por seis agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Rogério não quis falar com a imprensa.

Ele chegou à 5ª DP (Mem de Sá) por volta de 15h15 para prestar depoimento sobre a explosão no local, na quinta-feira (13). Três pessoas morreram e outras 17 ficaram feridas.

Segundo o delegado Antônio Bonfim, surgiram novos elementos que precisam ser explicados, como a existência de gravações de imagens do circuito interno do restaurante e de recarga e manutenção do sistema de gás do recinto. Três pessoas morreram no acidente e 17 ficaram feridas.
Carlos Rogério chegou chorando à delegacia (Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo)Carlos Rogério chegou chorando à delegacia

Carlos Rogério chegou chorando à delegacia acompanhado de advogados.
De acordo com o delegado, as imagens estão no disco rígido do computador, encontrado sob os escombros do prédio. Segundo Bonfim, o dono do restaurante conseguia ver de casa o que acontecia no estabelecimento, mas não tinha como gravar as imagens de lá.
 
No sábado (15), o advogado do dono do restaurante, Bruno Castro, esteve na delegacia e informou que seu cliente estava muito abalado, sendo acompanhado por um médico.
O irmão do proprietário, que era gerente do restaurante, teve fratura de costelas e também estaria previsto seu depoimento nesta segunda-feira, mas ele segue internado.
Castro contou ainda que, segundo seus clientes, o restaurante estava regularizado, já que tinha alvará da prefeitura para funcionar, e que o estabelecimento não foi fiscalizado pelo Corpo de Bombeiros porque não fazia parte do condomínio do edifício Riqueza.
Edvaldo Santos da Silva mostra foto da mulher Daniele (Foto: Lilian Quaino/G1)Edvaldo Santos da Silva mostra foto da mulher
Daniele, que está internada (Foto: Lilian Quaino/G1)
Também na tarde desta segunda-feira (17), Edvaldo Santos da Silva foi à 5ª DP em busca dos documentos da mulher Daniele, de 18 anos, garçonete do restaurante, que está internada em estado grave no Hospital Souza Aguiar, no Centro. Segundo disse, os documentos dela estão desaparecidos. Ele falou ainda que ela apresentou dificuldades para respirar e foi entubada nesta manhã.
Quatro feridos seguem internados nesta segunda-feira (17) em hospitais públicos do Rio de Janeiro. Segundo a Secretaria municipal de Saúde, três vítimas permanecem em estado grave. O quarto ferido tem quadro de saúde estável.
Três feridos estão no Hospital Souza Aguiar, no Centro. Dois deles, uma garçonete e um funcionário do restaurante, estão no CTI. Eles foram operados na quinta-feira (13). A jovem teve fraturas no tórax e no fêmur e lesões no abdômen, e o rapaz, traumatismo craniano e de tóxax. O outro paciente, que segue estável, não chegou a ser operado.
Um outro homem, que também seria funcionário do restaurante, está internado em estado grave no Hospital Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul da cidade, mas seu quadro já mostra sinais de evolução, segundo a Secretaria de Saúde. Ele teve traumantismo craniano grave.

Ruas ainda interditadas
O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou que, a partir das 6h30 de terça-feira (18) será liberada ao tráfego de veículos uma faixa da Rua Visconde do Rio Branco, na altura da Praça Tiradentes.

Além da Visconde do Rio Branco, serão liberadas totalmente a Rua da Carioca, a Rua da Assembleia (a partir da Avenida Rio Branco) e a Avenida República do Paraguai (em frente à Rua Evaristo da Veiga, em direção à Rua da Carioca).
Seis cilindros de gás retirados de local
No domingo (16), operários da empresa contratada pela prefeitura do Rio para remover os escombros do restaurante retiram do subsolo do prédio seis cilindros de gás de 45 kg, cada um. Segundo o engenheiro Fábio Bruno Pinto, responsável pelo trabalho, os cilindros estavam numa área próxima de onde seria o vestiário dos funcionários do restaurante. O material já foi encaminhado à perícia.
Mangueira e fita isolante
No sábado (15), os operários encontraram no subsolo do edifício o pedaço de uma mangueira atada a uma válvula que pertenceria a um cilindro de gás. De acordo com o delegado Antônio Bonfim, da 5ª DP (Mem de Sá), o material pode ajudar a esclarecer o vazamento, já que a mangueira estava envolvida em fita isolante.
“Isso pode ser um indício do vazamento de gás. Essa mangueira se encaixa exatamente no pedaço de cilindro que foi encontrado a cerca de 30 metros do restaurante, no dia da explosão, segundo o perito que acompanha a remoção" , disse o delegado.
A assessoria de imprensa da empresa fabricante da mangueira garantiu que o material é utilizado em botijões de 13 kg, e não em cilindros.

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