sexta-feira, 25 de outubro de 2013

A casa de Eros

   
Esboço metafórico da real morada
de gosto e formas mil,
vasta tradução de universos
no horto das manhas,
no seio das entranhas
substantivo que se faz verso:
Boceta!

De sinonímia exagerada
cantada em várias línguas
ávidas da provocante divulgação
...tentação
                   ...tentação
                                     ...tentação
E em tantos nomes referida,
o signo do prazer,
a cova feminina
onde todo homem quer morrer.

A história deste poema: 
Em 1996, O suplemento +Mais da Folha de São Paulo, trouxe em coletânea de treze poemas escritos por diversos poetas, dentre eles Arnaldo Antunes que versavam sobre o órgão sexual feminino. Na época, achei a coletânea muito interessante e mostrei ao meu professor MAL (Manoel Agamenon Lopes) de Teoria da Computação. Este também fascinado pela proposta, me lançou um desafio para que eu escrevesse também, um poema que tivesse como tema, a linda flor.
O professor que também é escritor fez o mesmo e em três dias apresentamos, um ao outro, a nossa criação que passou a fazer parte, por nossa própria conta, desta caixa de Pandora encabeçada pela Folha de São Paulo. No nosso desafio o poema tinha que ter as palavras boceta, entranha e morada.
A casa de Eros é a minha ode ao sexo feminino, tão lindo e tão, sempre, acolhedor!
Faz parte do meu livro de poemas eróticos, ainda inédito, chamado "Cenas, obs.: cenas!" e foi exibido recentemente na Mostra de Grafias Eróticas "Prazeres++".

Um comentário:

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