quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

LENDAS PIAUIENSE , UM POUCO SOBRE A NOSSA CULTURA.



CABEÇA DE CUIA:

É uma lenda do estado do Piaui, Crispim era um jovem rapaz, originário de uma família muito pobre, que vivia  na Vila do Poti ( zona norte de Teresina).O pai pescador morreu muito cedo, e Crispim tornou-se pescador e vivia com sua mãe velha e adoentada.  Certa vez, depois de passar um dia inteiro sem nada conseguir pescar, Crispim volta para casa cheio de frustração e revolta. Pede à mãe alguma coisa para comer e descobre que sua mãe havia feito para o seu almoço apenas uma comida rala, acompanhado do corredor  de boi (osso da canela do boi). Irritado, discute ferozmente com a mãe e acaba batendo o osso de boi na cabeça da mãe.
Antes de morrer, a mãe joga uma praga no filho que ficaria vagando no rio e também como efeito da maldição, Crispim ficou com a cabeça muito grande, do tamanho de uma cuia. Transformou-se num terrível monstro, que só descansará quando devorar sete  virgens chamadas Maria.Ainda hoje contam os pescadores do bairro Poti Velho, que nas noites de lua cheia pode-se ver a fera  nas águas assombradas dos dois rios( Poti e Parnaíba) .Por trás dessa lenda, existe uma mensagem moral que se deve respeitar a mãe e de certa forma discute a difícil relação mãe e filho.

A PORCA DO DENTE DE OURO 

Diz a lenda que há muito tempo em Teresina, uma moça namoradeira, danada e desobediente, travara uma terrível briga com a mãe; dando- lhe a dentada e arrancando um tampo do rosto da velha. Depois disso, a jovem trancou-se no quarto e não queria conversar com ninguém. Ela via apenas a velha mãe. 
À meia noite, transformava-se em uma porca velha grande, magra, feia e,com um dente grande de ouro.Costumava vagar pelas ruas escuras, subúrbios como os bairros Por enquanto, Mafuá, e Cajueiros. Isto não quer dizer que também não rodasse Vermelha, Barrocão, Piçarra, Catarina, Ilhotas, Matinha e Matadouros. Percorria tudo. Dizem que ainda hoje,  vive trancada no seu quarto saindo apenas à meia-noite na forma bizarra de uma porca enorme e feia com um, dente grande de ouro.

NUM -SE- PODE

É uma lenda tipicamente teresinense. Conta a história de uma linda mulher que, tarde da noite, aparecia na praça Saraiva ostentando sua beleza debaixo de um dos lampiões ali existentes. Movidos por aquela bela aparição, os homens se aproximavam para conversar ou, quem sabe, aventurar mais uma conquista. Ao chegarem perto, a linda mulher pedia-os cigarro, e quando recebia começava a crescer, crescer, até atingir o topo do lampião de gás e nele acender o cigarro. Enquanto crescia, ela repetia: “num-se-pode, num-se-pode, num-se-pode..."

A LENDA DE ZABELÊ

  O chefe da tribo dos Amanajós tinha uma filha chamada Zabelê, que amava Metara, um índio da tribo dos Pimenteiras, terríveis inimigos dos Amanajós. Dizendo que iria colher mel perto de onde o rio Itaim deságua no rio Canindé, Zabelê aproveitava para se encontrar com o seu amado Metara. Um dia, um índio chamado Mandahú, da tribo dos Amanajós, desconfiou daquelas andanças e resolveu seguir Zabelê, descobrindo o seu esconderijo. É que Mandahú era apaixonado por Zabelê, e não suportava o seu amor não correspondido, principalmente porque se via preterido por um inimigo. Certa vez, Mandahú resolveu levar algumas testemunhas para desmascarar Zabelê. Os dois amantes foram descobertos, surgindo uma briga que resulta na morte de Zabelê, de Metara e de Mandahú. O fato deu origem a outra guerra, que durou seis sós e sete luas. Mas Tupã teve pena dos dois amantes e resolveu transformá-los em duas aves, que andam sempre juntas e cantam tristemente ao entardecer. Mandahú foi castigado e transformado em um gato maracajá, eternamente perseguido pelos caçadores por causa do valor de sua pele. Zabelê ainda hoje canta a tristeza de seu amor infeliz.


Deusdete Neto.
Lendas Piauienses.



















Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá! O NUTRIX espera que seus comentários inteligentes colaborem para o engrandecimento do nosso Blog!